Burnout: como evitar ou reduzir?

Burnout é uma palavra inglesa utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão. É um problema que atinge profissionais de diversas áreas. A Síndrome de Burnout (SB) assume uma concepção multidimensional, cuja manifestação se caracteriza por esgotamento emocional e redução da realização pessoal no trabalho.

Conceito de Burnout

Na atual sociedade, o trabalho já não é mais considerado apenas um meio de suprir as necessidades básicas e financeiras, mas é também uma forma de busca e consolidação de um bem maior. Porém essa nova maneira de pensar, traz distintas consequências. Se por um lado o indivíduo poderá se satisfazer através da atividade laboral, por outro lado, por conta do mercado de trabalho estar cada vez mais exigente, competitivo e estressante, esse contexto poderá trazer sofrimento.

Um dos distúrbios emocionais ligados ao trabalho é a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do esgotamento profissional. O estado de tensão emocional e estresse crônico, provocado por condições de trabalho físicas, emocionais ou psicológicas desgastantes é uma das principais características do Síndrome. E vale ressaltar que ela não acontece da noite para o dia, e sim com um acúmulo de situações estressantes.

A Síndrome envolve atitudes e condutas negativas do Colaborador em relação ao trabalho. Seja com colegas, clientes, com a empresa ou coordenador. Isto acarreta em prejuízos práticos e emocionais, tanto para a organização, quanto para o profissional.

Síndrome de Burnout e estresse é a mesma coisa?

A diferença principal entre ambos está na intensidade e nas causas da sensação de esgotamento. O estresse pode ocorrer por diversos fatores e por razões diversas, sendo que geralmente ocorre esporadicamente. Enquanto o burnout é uma síndrome resultante de um estado de estresse crônico, relacionado diretamente ao trabalho.

Quais são os profissionais mais afetados?

Os profissionais da saúde, cuidadores ou professores, geralmente são os mais afetados, pois estes lidam com pressão e responsabilidades constantes. Os profissionais desta área se esforçam muito com o trabalho e acabam deixando de lado o lazer e momentos de relaxamento. É como se a mente deles estivesse sempre alerta, fazendo com que se sintam exaustas. A síndrome de burnout também atinge pessoas exigentes, entusiasmadas com o trabalho e que gostam de ser desafiadas.

Alguns números sobre a Síndrome

• 72% dos Brasileiros da população Brasileira sofrem com alguma sequela do estresse, sendo do leve, ao considerado devastador. Entre esses, 32% tem Síndrome de Burnout;
• Desses, 92% declaram que sentem que não tem condições de trabalhar, porém continuam por receio de serem demitidos;
• E 49% também sofrem por depressão, com tendência a desenvolver a versão crônica da doença;
• E 90% praticam o presenteísmo, quando o funcionário está presente fisicamente, porém mentalmente e emocionalmente distante do trabalho;
• O Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com maior incidência da Síndrome de Burnout na população economicamente ativa.

Como evitar a Síndrome de Burnout

Uma das principais formas de prevenir são as mudanças de rotina. É fundamental manter um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e profissional, assim como priorizar um tempo com a família e amigos. Também é importante definir valores e prioridades de vida e sempre reavaliar os objetivos profissionais. Como exemplos:

• Prazos de entrega que não são factíveis;
• Aumento de carga de trabalho sem recompensas claras;
• Não respeitar horários de entrada e saída da empresa.

Quais são os estágios do Burnout?

O Burnout é classificado em 12 estágios, os quais não podemos confundir com fases, pois são sintomas. Então confira a lista e gráfico abaixo:

• Compulsão em demonstrar o seu próprio valor;
• Incapacidade de se desligar do próprio trabalho;
• Negação das suas próprias necessidades;
• Fuga de conflitos;
• Reinterpretação de valores pessoais;
• Negação de problemas;
• Distanciamento da vida social;
• Mudanças estranhas de comportamento;
• Despersonalização;
• Vazio interno;
• Depressão;
• Síndrome de burnout ou esgotamento: Nesta última etapa ocorre um colapso mental e físico, que impossibilita a pessoa de trabalhar.

Diagnóstico e tratamento da síndrome

O diagnóstico é basicamente clínico, sendo que leva em conta todo um levantamento histórico do paciente, assim como o seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.

Ao notar o aparecimentos dos sintomas ou atitudes mencionados, que prejudicam o rendimento e bem estar do profissional, não hesite em procurar ajuda profissional. Portanto, lembre-se, é melhor tratar antes que chegue ao nível máximo de exaustão.

O tratamento incluí o uso de antidepressivos e psicoterapia. Assim como atividades físicas regulares e exercícios de relaxamento são recomendados para ajudar a controlar os sintomas.

Agora reconhecida como doença ocupacional

Com a ultima revisão do CID 11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), desde o dia 01 de Janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout passou a ser reconhecida também como doença do trabalho. Uma vez comprovada a doença ocupacional, o trabalhador é afastado pelo INSS e tem direito à estabilidade por um período de 12 meses no emprego. No caso de não recuperar a capacidade de trabalho, será concedido o direito à aposentadoria por invalidez.

Equipe Vagas Emprego RS!
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